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FAQ E@D

(documento atualizado no dia 24-04-2020)

 

O que é o ensino à distância?

O E@D é uma modalidade de ensino para alunos e professores impossibilitados de frequentar presencialmente uma escola. Atualmente, esta modalidade está legislada como sendo mediada por tecnologias e baseada em recursos didáticos sistematicamente organizados e disponibilizados em plataformas digitais, constituindo-se como meio para que todos tenham acesso à educação. Existem outros moldes de E@D que poderão ser adotados, nomeadamente no 1.º ciclo, por serem considerados mais adequados à faixa etária dos alunos.

  

É preciso computador e acesso à Internet para implementar o ensino à distância?

O regime de ensino à distância não implica exclusivamente o recurso aos meios digitais, existindo diferentes outros modos de se ensinar e de aprender. No entanto, as ferramentas e recursos digitais são uma mais-valia, sempre que exista a possibilidade de utilizar esses meios, pois, acima de todas as outras vantagens, facilitam a comunicação entre todos os intervenientes. No caso do 1.º ciclo, tendo em conta a faixa etária dos alunos, estão a ser considerados outros moldes de E@D, sem recurso a meios digitais.

 

Em casa, não tenho possibilidade de usar computador/tablet/smartphone ou acesso à Internet. Como devo proceder?

Se for aluno ou encarregado de educação, já deverá ter dado essa indicação ao professor titular ou diretor de turma, aquando do levantamento de necessidades digitais, no final do segundo período, e a escola já deverá ter operacionalizado a forma de comunicar consigo e com o seu educando. No entanto, se, por alguma razão, não respondeu a esse levantamento, deverá procurar contactar o professor titular ou diretor de turma do seu educando.

Se for professor, deverá contactar o(a) conselho executivo/direção pedagógica da sua unidade orgânica/escola.

 

Não me sinto à vontade com as tecnologias digitais. Como posso implementar o ensino à distância?

Reconhecendo as condições extraordinárias colocadas pela pandemia de COVID-19, é pedido a toda a sociedade que se adapte da melhor forma que consiga. Espera-se que todos os envolvidos neste processo olhem o futuro e contribuam para um percurso comum que promova o desenvolvimento integral do aluno numa perspetiva holística e solidária, em que a escola se faz por todos, com todos e para todos. O mais importante é manter um contacto de proximidade com os seus alunos.

Nos separadores Textos de apoio, Formação, Sugestões das escolas/professores/pais e encarregados de educação e Partilha de práticas de E@D, disponibiliza-se muita informação que poderá ser útil, independentemente do grau de confiança e utilização de tecnologias digitais. Poderá também solicitar apoio à equipa de E@D da escola em que trabalha/estuda o seu educando.

 

Qual a diferença entre uma plataforma de recursos e uma plataforma de gestão de aprendizagem e ensino?

Uma plataforma de recursos, como a REDA (https://reda.azores.gov.pt/), disponibiliza recursos educativos e sugestões de utilização dos mesmos, assim como ferramentas, aplicações e sítios de interesse. Nestas plataformas, é comum encontrar os recursos organizados por áreas, domínios e anos de escolaridade.

Uma plataforma de gestão de aprendizagem e ensino, como o Moodle, o Microsoft Teams ou o SGE, entre outras, permite criar turmas e partilhar com todos os alunos da turma recursos externos ou recursos produzidos pelo professor. Costumam ter associadas ferramentas de comunicação (mensagem, chat e chamadas de voz ou vídeo) bem como espaços de discussão comuns, como os fóruns.

 

Qual a diferença entre comunicação síncrona e comunicação assíncrona?

A comunicação síncrona é feita em tempo real, como uma conversa, na qual cada um pode colocar questões e receber a resposta no imediato. As sessões síncronas não devem ser meros momentos para se reforçar aprendizagens anteriores e se desenvolver novas aprendizagens, devendo, antes, constituir-se como momentos para esclarecimento de dúvidas e para um apoio mais direto aos alunos, sobreturo os que revelarem mais dificuldades. Nas plataformas digitais, pode ser feita por mensagens de texto (chat), por voz, como uma chamada telefónica, ou com imagem (videochamada).

A comunicação assíncrona não é feita em tempo real. Os alunos trabalham autonomamente, acedendo a recursos educativos e formativos e a outros materiais curriculares disponibilizados na plataforma de aprendizagem online, bem como a ferramentas de comunicação que lhes permitem estabelecer interação com os seus pares e professores, em torno das temáticas em estudo. Nas plataformas digitais, pode ser feita por correio eletrónico (email), num fórum, ou num mural, como os das redes sociais.

Em ambos os tipos, a comunicação pode ser feita em privado ou em grupo.

 

Como se deve gerir os momentos síncronos e os assíncronos?

É necessário que as escolas definam momentos com e sem a presença do professor (formato síncrono e formato assíncrono). Nesta gestão, é necessário garantir que todas as turmas e todas as disciplinas tenham momentos síncronos, para que os alunos sejam devidamente apoiados pelos seus professores.

 

Como deve ser estabelecida a comunicação do professor com os alunos e com pais/encarregados de educação?

É essencial que o professor promova uma comunicação clara e contínua com os seus alunos para os manter ligados, evitando assim uma possível desmotivação e “desconexão”.

Deve ser claro que todos saibam como será realizada essa comunicação e quais os canais a utilizar – por exemplo, email, plataforma de gestão de aprendizagem e ensino, redes sociais, telefone, ferramentas de videoconferência. É importante que o professor siga o que foi planeado, em função do definido pela escola, e o que ficou acordado com alunos e pais/encarregados de educação.

Também é importante que os pais/encarregados de educação entendam quem pode ajudá-los se precisarem de ajuda e apoio tecnológico.

 

Tenho de seguir as aulas das emissões televisivas?

As emissões televisivas em diferentes canais da televisão pública são consideradas como um complemento à gestão curricular dos professores, que, caso as escolas e os professores entendam associar à sua gestão pedagógico-didática, poderão levar os alunos a consolidar aprendizagens anteriores e a desenvolver novas aprendizagens, as verdadeiramente estruturantes, de acordo com o estipulado pelos departamentos curriculares de cada unidade orgânica/escola.

 

Que conteúdos são apresentados nas emissões televisivas?

Os conteúdos das várias emissões televisivas em diferentes canais da televisão pública são produzidos para a educação pré-escolar e para todos os anos da escolaridade obrigatória.

 

Os programas curriculares têm de ser cumpridos em regime de E@D?

Não há nenhuma legislação que refira que os programas curriculares tenham de ser cumpridos, independentemente do regime de ensino-aprendizagem em que sejam lecionados. Tem de haver uma gestão pedagógico-didática desses documentos que garanta que no final de cada ciclo de estudos sejam desenvolvidas as aprendizagens estruturantes de cada disciplina.

Atualmente, os documentos curriculares em vigor são o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória e as Aprendizagens Essenciais de cada disciplina. Assim, deve-se trabalhar com os alunos o reforço das aprendizagens já desenvolvidas e ainda avançar para novas aprendizagens, as verdadeiramente estruturantes, ou seja, aquelas que permitirão que o aluno tenha segurança académica nos percursos formativos futuros.

 

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